Devo ou não devo trocar de balde?

Este é um assunto muito recorrente nos grupos cervejeiros e em nossa loja física, sempre nos deparamos com cervejeiros tanto iniciantes como já um pouco experientes, em dúvida se devem ou não separar a cerveja da lama após a fermentação. É um dilema justo, pois há fatores a considerar no cálculo risco/benefício.

O benefício é amplamente sensorial, pois o excesso de levedura em suspensão aumenta a turbidez da cerveja muito acima do desejado, quando for aceitável pro estilo, em alguns não se pode sequer considerar essa possibilidade. além do visual, a cerveja sem fermento em suspensão também tende a ser mais saborosa, pois alguns off-flavours serão evitados ao se eliminar o risco de autolise, ou seja, a morte da célula e o subsequente rompimento da membrana celular com espalhamento de seu interior, que inclui ácidos graxos, que em grande quantidade podem “engordurar” a cerveja. Outro resultado positivo pode ser um melhor controle na carbonatação, já que cervejas com excessivo depósito de levedura no interior da garrafa tendem a ser mais carbonatadas e algumas vezes até explosivas. Claro que o priming também possui influência neste processo, mas uma quantidade correta de priming, combinada com uma reduzida quantidade de levedura dentro da garrafa, resultará em uma cerveja de boa aparência e carbonatação.

Mas, a troca de balde também pode envolver alguns riscos, abaixo vamos listar os principais:
– Oxidação: Pode ocorrer se a troca de fermentadores for feita de forma brusca, com queda livre da cerveja de um balde para outro. A oxigenação leva à oxidação, que age diretamente no aroma e sabor da cerveja, trazendo características como papel ou papelão, metálicas (ferro, sangue, etc.), ou amêndoas amargas (marzipan).Para evitar a oxidação você pode simplesmente realizar a troca de fermentadores através de uma torneira com uma mangueira comprida o suficiente para deixar a cerveja escorrer gentilmente até o fundo do balde, ou de um sifão que irá retirá-la por cima, mas cumprirá a função da mangueira.

– Contaminação: A contaminação pode ocorrer com qualquer cerveja, principalmente após a fervura, mas uma vez que a fermentação foi concluída é mais difícil de ocorrer, já que nesta etapa não há uma quantidade significativa de açúcares, e o pH está muito baixo para alguns microrganismos se alimentarem e sobreviverem. Mesmo com o risco reduzido, algumas leveduras selvagens e bactérias podem sobreviver a essas condições, contaminando a cerveja e produzindo sabores e aromas indesejados, como acidez excessiva, aroma de ovo podre, aroma e sabor de vinagre, entre outros. Outro problema associado a contaminação com leveduras selvagens é a carbonatação excessiva, pois algumas destas leveduras podem consumir açúcares mais complexos. Estes contaminantes podem atingir sua cerveja através do ar (mais difícil), ou se você utilizar equipamentos e garrafas mal sanitizados.

Mudança de equipamento: Uma das maneiras mais seguras para separar o fermento da cerveja é utilizar um fermentador cônico, que possui uma torneira em sua parte inferior por onde a levedura é retirada sem expor a cerveja ao ar, nem fazer movimentos bruscos, ou um fermentador cônico com um copo coletor na parte inferior. como é o Fermzilla. A levedura vai para o fundo normalmente, mas como o fundo é um copo que pode ser desconectado do tanque simplesmente fechando-se a válvula borboleta, o procedimento é prático e seguro para sua cerveja.

Copo do Fermzilla

Já decidiu se você irá fazer a troca de baldes? Na Brew Head Shop você pode encontrar todos os equipamentos e insumos para fazer sua cerveja em casa, incluindo baldes fermentadores, fermentadores cônicos, auto sifão, etc. Conte também com as orientações de nossa equipe para eliminar qualquer dúvida que tiver.

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